QUESTÃO DE CONCURSO: interpretação textual e variação linguística – (FGV) – CONTROLADORIA-GERAL DO ESTADODE SANTA CATARINA – CGE-SC (AUDITOR DO ESTADO – DIREITO)

Análise da Questão

1. Comando da Questão:

O comando pede para assinalar a expressão que caracteriza mais a oralidade que a linguagem informal.

  • Oralidade: Refere-se a traços típicos da língua falada, que muitas vezes são menos monitorados e mais espontâneos.
  • Linguagem Informal: É a linguagem usada em situações cotidianas, com pouca ou nenhuma formalidade.
  • Atenção: Embora a oralidade esteja geralmente associada à informalidade, a questão busca o termo que é um marcador forte da fala cotidiana.

2. Análise das Alternativas no Contexto do Texto:

O texto é uma introdução sobre a carreira de auditor, com um tom bastante coloquial para engajar o leitor:

“Um site da Internet fala o seguinte sobre a carreira de auditor:

“Quando a gente fala em auditoria, muita gente fica de orelha em pé.1

A profissão é bastante badalada no mercado de trabalho e geralmente associada a altos salários.2

No serviço público, então, é um dos cargos3 mais desejados!

Mas você sabe quais são as atribuições desses profissionais? Quanto eles ganham? Onde trabalham?

Descubra o que faz um auditor e o que estudar para se tornar um!””

As Alternativas:

  • (A) a gente: Esta locução pronominal (no lugar de nós) é o marcador mais forte de oralidade e informalidade da língua portuguesa falada no Brasil. É usada massivamente no dia a dia, mesmo em registros que não são extremamente informais, mas é evitada em textos formais (dissertações, relatórios, artigos científicos).
    • Exemplo na fala: “A gente foi ao cinema.” (em vez de “Nós fomos ao cinema.”)
  • (B) de orelha em pé: É uma expressão idiomática que significa “atento”, “interessado”, “alerta”. É informal, mas seu uso é característico de gírias ou expressões fixas da língua. Não é um elemento gramatical ou estrutural que “caracteriza a oralidade” de forma tão abrangente quanto a alternativa (A).
  • (C) badalada: É um adjetivo de uso informal/coloquial que significa “popular”, “famosa”, “falada”. Seu uso é perfeitamente aceitável em textos jornalísticos ou publicitários de tom leve, mas não é um elemento que marca a estrutura da fala.
  • (D) altos salários: É uma expressão neutra em termos de registro. Altos é um adjetivo comum, salários é um substantivo comum. É totalmente aceitável em qualquer registro (formal ou informal). Não caracteriza informalidade nem oralidade.
  • (E) então: É um advérbio/conjunção que, neste contexto (“No serviço público, então, é um dos cargos…”), funciona como um marcador discursivo para adicionar ênfase, progressão ou conclusão. Marcadores discursivos são muito usados na oralidade para guiar a fala, mas então sozinho pode aparecer em qualquer tipo de texto. No entanto, o seu uso como ênfase no meio da frase é mais oral. Ainda assim, não é tão marcante quanto a alternativa (A).

3. Conclusão e Gabarito:

Entre todas as opções, o uso da locução pronominal “a gente” no lugar do pronome pessoal do caso reto “nós” é o fenômeno linguístico que mais fortemente associa o texto à língua falada (oralidade) e à informalidade. A substituição de um pronome pessoal por uma locução pronominal na fala cotidiana é o traço mais definidor de coloquialidade na lista.


Resposta e Justificativa

A expressão que caracteriza mais a oralidade que a linguagem informal é:

(A) a gente.

Justificativa:

A locução pronominal “a gente” é o substituto informal e majoritário do pronome “nós” na língua portuguesa falada no Brasil. O seu uso é uma marca registrada da oralidade e da coloquialidade, sendo frequentemente evitado em registros escritos estritamente formais ou protocolares, onde o pronome “nós” é preferido. Embora as outras opções (B, C, E) também denotem informalidade, “a gente” é a opção que representa o desvio gramatical padrão mais característico e recorrente da língua falada brasileira.


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